18 de mar. de 2016

CRISE X ORAÇÃO

Minha gente, é do conhecimento de todos a grave crise politica e econômica que avassala o Brasil. Com ela, vem de reboque, a crise espiritual. É uma crise infecto-contagiante. Abala as estruturas sociais e espirituais da Nação.




Como nos tempos bíblicos, o povo de Deus enfrentou crises, algumas sem precedentes na história. Contudo o Senhor deu Vitória ao Seu povo. Entretanto não é hora de desanimar. 
O Deus Eterno, Rei das nações, tem o controle de todas as coisas, ainda que não possamos enxergar com os olhos e percepção humanos. Ele usa homens e mulheres que não são do seu aprisco, para conceder a bênção e a vitória a nação. O tumor da corrupção está sendo expurgado, através de ações e decretos divinos, que nem imaginamos.
E não só acontece na nação brasileira, é só dá uma olhada no cenário mundial. Evidentemente, que a Bíblia - a Palavra de Deus - está se cumprindo. É mister que se cumpra.
Como cidadãos brasileiros reivindicamos a cidadania, o fim da corrupção, a estabilidade econômica e política. Mas, como cidadãos do céus, reivindicamos o favor de Deus sobre todos nós.
Nesse momento de tensão e crise, é preciso que cada um, cristãos ou não, unamos numa corrente de oração pela Pátria brasileira e pelas nações do mundo. Pelas autoridades constituídas do Executivo,Legislativo e do Judiciário. Inclusive pelos participantes das manifestações de protestos e autoridades policiais (PF, PC e PM) para que cada um exerça o seu papel dentro dos ditames da lei.
Hoje, nossas orações sejam focadas sobre o Poder Legislativo Federal (Câmara e Senado) e a Suprema Corte (STF) que estarão julgando o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
Oremos pela paz em nosso país. Oremos por dias melhores.
Amém.

27 de jan. de 2016

Em quem devemos “apostar as nossas fichas”?


“Apostar as fichas” é um termo muito usado no dia a dia, entre os jogadores, entre os que apostam em seus interesses pessoais, àqueles que confiam em determinada atuação e desempenho de uma pessoa. Enfim uma gama de possibilidades para a frase ser aplicada.


Em quem devemos “apostar as nossas fichas”?

16 de nov. de 2015

A Lama de Mariana

A lama de Mariana-MG | Seara News
O cenário de Mariana, é o mesmo que ocorre em todo o Brasil…
Por Ezequiel Silva
Não é só lama da Samarco, da Vale e da australiana BHP Billiton; Não é só lama de Bento Rodrigues que ceifou vidas e desabrigou uma cidade inteira; Não sofre somente o povo de Mariana, Bento Rodrigues, Governador Valadares, e tudo que está no caminho.
Sofre também o nosso Rio Doce, sua população ribeirinha e cidades por ele cortadas, de Minas Gerais ao Espírito Santo; rio que já estava comprometido com a dura seca que castiga os Estados; e agora vem lameando uma história pungente de um rio que dava vida aos peixes, pitus, cascudos… Água que abeberava pessoas, animais; que servia para lavar, tomar banho…
Agora vem descendo a lama de Mariana, passando por Colatina e Linhares rumo a desembocar no Atlântico, que receberá toda a sujeira de um desastre (ops!) – CRIME – ambiental de proporções gigantes e futuras.
Alto lá! Sejamos justos, a lama não é de Mariana, mas da ambição de homens que se dizem “empreendedores”, de empresas corporativistas e capitalistas, várias vezes premiados pelo seu empreendedorismo e sustentabilidade (ops!!). Projetos sustentáveis caríssimos que não se sustentou e rachou em lama.
Mas, o cenário de Mariana, é o mesmo que ocorre em todo o Brasil, onde a lama da corrupção, da pobreza, da mentira, das fraudes, entre outras, escorre de Norte a Sul (nas cinco regiões), em forma de dinheiro de campanha, antes aventada em toscas promessas.
A França também sofre nesse momento e muito. Não tem como tapar os ouvidos e fechar os olhos para o terror que ocorreu em Paris. Mas, o terror chegou aqui também desde há muitos. Mariana e o Rio Doce são exemplos de falta de investimento, de políticas públicas para um Brasil consolidado e hegemônico, dado ao seu tamanho continental, mas, desgraçado pela malfadada corrupção que tomou conta de todo um país.
“Só Jesus Cristo é a Esperança para um Mundo em Crise!”
“Só Jesus é a Solução!”
Peço aos brasileiros (os verde-amarelos) que, independente de seu credo, Oremos pelos nossos irmãos mineiros e capixabas; cariocas e paulistas; nordestinos e pantaneiros; nortistas e sulistas. Oremos pelo Brasil, pelo fim da seca e da corrupção. Oremos por Israel. Oremos pelo mundo. Que Deus tenha misericórdia de nós.
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Seara News Comunicação


Tenho o prazer de ser apoiador e colunista dessa revista digital e impressa
Seara News Comunicação é uma iniciativa do meu amigo Pr. Paulo Pontes.

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12 de jun. de 2015

A Igreja Evangélica, o Mundo e a Parada Gay

A Igreja Evangélica, o Mundo e a Parada Gay

Via SearaNews
Seara News | A Igreja Evangélica, o Mundo e a Parada Gay

Por Ezequiel Silva
Leia! Não precisa concordar, mas leia, por favor!
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (João 15.18)
Tenho lido algumas das inúmeras reportagens e artigos postados sobre a parada Gay de São Paulo, no domingo (7) e me perguntado “até que ponto estamos enfrentando mesmo o inimigo”. É preciso falar? SIM. Denunciar? SIM. Estamos em um estado democrático de direito, sustentado pelos pilares da democracia do Brasil. Alguns senhores deputados, senadores e diversos líderes têm saído, veementemente, em defesa da Igreja, contra os ataques deliberados dos GLBT’s contra a igreja, e o pior de tudo, com patrocínio de instituições do governo e outras, na Parada. Os microfones e palanques são bons, mas estão eivados de discursos vazios, com tons meramente políticos, ainda que inflamados, alguns somente para marcar o ponto. Tudo isso é válido e até, permitam-me dizer necessário, pelo que já expressei (estado democrático).
Agora, é pedra inabalável que a igreja nunca precisou de defensores. Nem quando os crentes estavam sendo entregues as feras e incendiados nas cruzes, etc. Nas palavras de Cristo: “…o mundo vos odeia…” Sim, não podemos esperar atitudes diferentes, em todas as esferas da sociedade (com a devida exceção) que conluiem com a igreja, se esta verdadeiramente está na contramão da cultura mundana. O mundo nos odeia, porque odeia a Cristo. O mundo não nos ama, porque não ama a Cristo. O mundo não nos aceita, porque não aceita a Cristo.
O que precisamos é voltar para a pregação do Evangelho da salvação. Enfrentarmos, realmente, os principados e potestades, as hostes espirituais da maldade (Efésios 6.10-18) que sucumbe este “mundo inteiro [que] jaz no maligno” (1ª João 5.19). Lutarmos como guerreiros de Deus na oração, no jejum e na Palavra que é comparada a uma espada com a qual poderemos apagar todos os dardos inflamados do Maligno. E parar de ficar “fazendo beicinho” por tudo que acontece. É tempo de a Igreja parar de ser templocêntrica e voltar às ruas, pregando o Evangelho cristocêntrico, espalhando folhetos, entre outras ações evangelísticas, e entender o quadro profético do mundo atual, respondendo à altura com atitudes proféticas e bíblicas.
Seara News | A Igreja Evangélica, o Mundo e a Parada Gay
A Igreja: Sal da Terra e Luz do Mundo
Aonde quero chegar? Bem, se a cultura mundana não respeita (exceções à parte) a Igreja de Cristo na terra, é porque alguns da Igreja têm sujado o seu precioso e santo nome, nas corrupções, nas falcatruas, nos arranjos políticos nos púlpitos, e outros pecados, embaraços e tropeços que aqui não é possível mencionar, porém, estão nas mídias por aí. E o que falar dos arautos da famigerada prosperidade (a qualquer custo) ensinando os crentes a beirarem nas raias da loucura, porque os crentes têm o direito de serem felizes com tudo que quiserem possuir nesta terra. (Hum… Eu era feliz e não sabia!). Mulheres e filhos colocando a família em prejuízo, endividados no cartão de crédito porque o determinado pastor os ensinou assim. Homens ostentando aquilo que conseguiram, custe o que custar. A gente quer o quê? Que o mundo (o sistema) nos acalente?
Precisamos voltar àquelas pregações que traziam no seu escopo o Cristo crucificado (1º Coríntios 1.23; 2.2). O que é pecado continua sendo pecado, então, denunciemos o pecado de maneira bíblica, sem nos contaminar, para que o mundo veja na Igreja o brilho de Cristo e sintam o seu bom perfume. Precisamos estar crucificados, não como os GLBT’s mostraram na Parada, mas da maneira como o apóstolo Paulo ensinou à Igreja: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gálatas 6.14). Finalizo, citando o apóstolo João: “Irmãos, não vos admireis se o mundo vos odeia” (1ª João 3.13).
Pr. Ezequiel Silva
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21 de abr. de 2015

Igreja, lugar de acolhimento


A igreja é o único lugar na terra com as identificações e características de Cristo. Ou somos igreja ou estamos na igreja. Sendo igreja, não deveria existir lugar para picuinhas. Não deveria ter ninguém se achando melhor ou mais capacitado. Igreja não é um ringue de MMA/UFC, onde vence o melhor. 
Na Igreja tem lugar para todos, até para os diferentes. Igreja deveria ser lugar de amor, independente de qualquer situação ou circunstancia. Nesse sentido, não quero dizer que a igreja deve tolerar o pecado que campeia no mundo e tão de perto nos rodeia. Quem vem à igreja deve desejar salvação, libertação na pessoa bendita de Jesus Cristo. 

Na igreja, o idoso tem o seu talento, habilidade e capacidade, assim como a criança com sua inocência, o adolescente com sua carência, o jovem com a sua independência. Há espaço para todos. Espaço que não precisa ser tomado, precisa ser conquistado com trabalho. Espaço que depende do meu e do seu limite. Até aonde posso ir. Mas se não posso, alguém pode. Porque sem Cristo nada podemos fazer. Ninguém é cadeira cativa no reino de Deus.

A igreja sob a ótica do NT é bem diferente, em tese, do que vemos hoje em dia. Na visão de Cristo, a igreja seria a Sua agência acolhedora na terra. Onde os pecadores teriam lugar para encontrar a Cristo, como suficiente salvador e redentor. Nesse contexto, lemos a parábola da "grande ceia", onde os convidados excelentes não vieram, então o dono da festa mandou os seus servos sair às ruas e valados e buscar os deploráveis, os pecadores para que participassem daquele grande banquete.(Lucas 14.16-24). Lemos também a conversão de um pecador corrupto, chamado Zaqueu, a quem Jesus teve a ousadia de entrar na casa dele para a refeição, dizendo: "Hoje veio salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." (Lucas 19). O que dizer da mulher adúltera a quem Jesus perdoou o seus pecados (João 8.1-11). Teriam estes lugar na igreja hodierna? Seriam membros de "nossa" igrejas.

Vamos trabalhar com todos e com o objetivo de promover o Reino de Deus, e não uma mera promoção pessoal. Vamos fazer a obra com amor, sem interesses próprios, para a glória de Deus. Sem contenda ou porfia, na esperança de que somente Deus pode nos recompensar e que só o Reino tem a ganhar. E que Deus muito abençoe a todos!!

Editado e Ampliado


1 de abr. de 2015

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA


O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA

Por: Pr. Ezequiel Silva

Introdução
Inicio dizendo que não se tem a pretensão de ser a última palavra sobre o assunto. Procurarei ser coerente ao teor bíblico. Aliás, judeus e cristãos estão irmanados pelo significado maior da Páscoa.

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. A origem do termo, que remonta há aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.

A Páscoa dos hebreus
A Páscoa era um dos três festivais judaicos (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) obrigatórios, citados na Bíblia, em que o judeu ou prosélito deveriam ir a Jerusalém, a fim de cumprir os votos sagrados. O Judaísmo até hoje observa tais rituais.
Terminologia
Páscoa tem origem no termo hebraico antigo Pesah = passagem - o que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.  O Seu significado está ligado à libertação e saída do povo hebreu, que passou cerca de quatrocentos anos escravizados no Egito, tendo como líder Moisés.  E a explicação bíblica está em Êxodo 12.27:
Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que PASSOU por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou. (grifo nosso)

Contextualização Bíblica
Contextualizando a época, de acordo com a Bíblia, o povo de Israel, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus (Yaveh) designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4).  Em obediência a Yaveh, Moisés dirigiu-se ao rei egípcio a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o Faraó da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito, a exemplo do que faziam os sacerdotes da terra. Sobrevieram dez pragas sobre o Egito. O intuito de Yaveh era o de conduzir o povo hebreu a Terra Prometida.

Em Êxodo cap. 12 narra à libertação do povo e a instituição da Páscoa hebraica. Naquela noite do mês de Abibe (portanto, o primeiro mês do calendário judaico), o anjo da morte (a última das dez pragas) passaria sobre o Egito e mataria todos os primogênitos. A ordem divina era que os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas, isto é, nas casas dos hebreus, poupando-os. Este ato celebrativo foi chamado de a primeira Páscoa, ordenado por Yaveh para que Moisés e os filhos de Israel observassem, anualmente, como memorial daquela libertação. (Ex. 12.43).  Como se nota também em Levítico 23.5: “No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor”.

De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que durariam quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.

Como era celebrada a Páscoa dos Hebreus:
  • Um Cordeiro. Um macho de um ano, sem qualquer defeito.
  • Ervas Amargas.  Eram as lembranças dos sofrimentos e amarguras que a escravidão trouxe ao povo hebreu.
  • Pão sem fermento (matzáh). Traz a ideia de pressa para sair da escravidão. Não dava tempo para fermentar o pão de um dia para o outro. Então comeram apressadamente a Páscoa.
  • Vinho.  Ainda que não conste no texto bíblico referente à páscoa, mas era uma  bebida natural, pura e muito usada e apreciada, naqueles dias.
Páscoa ou Santa Ceia
Os teólogos e eruditos proeminentes da Bíblia e de suas profecias, alinharam profeticamente os fatos relacionados à pessoa de Jesus Cristo, baseados nas simbologias, alegorias e tipos bíblicos. A redenção e a libertação do Homem (gênero) sempre estiveram nos planos divinos, e precisavam ser feitas através de um sacrifício maior, sublime, santo e aceitável a Deus Pai. Foi nesse contexto que, segundo a Bíblia “Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas, tenha a vida eterna.” (Evangelho de João 3.16).  A Páscoa Cristã tem nos símbolos da morte e ressurreição de Jesus Cristo os seus pilares. Nesse sentido explica São Paulo em sua carta aos Coríntios: [...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. (1ª Coríntios 5.7)

Entretanto, não a que se falar em “Páscoa” para a Igreja de Cristo, nos moldes do Judaísmo. Assim é o pensamento protestante clássico. O Novo Testamento faz distinção entre a Páscoa hebraica e a Santa Ceia (ritual conhecido entre os cristãos católicos por Eucaristia). Senão vejamos: na fatídica noite da traição, Jesus cumprindo a ordenança da Lei, celebrou a Páscoa com seus apóstolos. Naquela cerimônia, ele toma um pão em separado e diz: “este é o meu corpo...” e “...Fazei isto em memória de mim”. Da mesma forma (isto é, "semelhantemente..."), tomou o suco da vide, dizendo: “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.” Naquele ato, Cristo cumpriu a Lei de Moisés ritualizando o memorial da Páscoa dos hebreus e celebrou a Primeira Ceia, que para a Igreja tornou uma das duas ordenanças: o batismo e a santa ceia. Esta nos remete a comunhão com Cristo e ao memorial de sua morte sacrificial, como Cordeiro de Deus, profeticamente, vaticinado pela Páscoa.

Verdadeiros Símbolos Cristãos da Páscoa, atualmente:
  • O cordeiro. Simbolicamente, representa o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), o Messias libertador (Jesus Cristo), a quem se referiu João Batista em seu batismo: "Eis o Cordeiro que tira o pecado do mundo". (João 1.29)
  • A cruz. Representa o local onde Cristo foi sacrificado, tal qual o cordeiro pascal. Paulo Apóstolo disse em sua retórica: Mas longe esteja de mim, gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.
  • O pão. Representa Cristo como o "Pão da Vida". (Jo 6.35,48)
  • O vinho. Representa o sangue do Cordeiro (Cristo) que foi vertido na cruz. O sangue não está mais nos umbrais das portas, mas tem o poder de resgate dos homens e todo aquele que aceita o sacrifício de Cristo tem, espiritualmente, a sua vida marcada pelo sangue do Cordeiro.
 Significado e a Importância para os Cristãos
A meu ver, a Páscoa não é um amontoado de ovos e coelhos de chocolates e presentes, absolutamente!  Esse é o desvio comercial repugnante para celebrar a data. A figura do coelho e de ovos pintados de várias cores têm origens nas religiões pagãs antigas nórdicas e germânicas, pelos adoradores da deusa da fertilidade, (daí o coelho, símbolo da fertilidade). A Páscoa para o verdadeiro cristão está em ele saber que foi feito um sacrifício extraordinário pela sua vida e salvação. Pela morte de Cristo na cruz, nos foi dado a certeza da salvação e a sua ressurreição dentre os mortos como Filho de Deus e Salvador, a esperança da vida eterna. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus”, a saber, Jesus Cristo. Se você crê de todo o seu coração em Jesus Cristo, ele aspergirá, simbolicamente, Seu precioso sangue sobre a sua casa, sobre a sua vida, sobre a sua família.

Significado para a Vida
A Páscoa deve celebrar a vida, porque nos aponta para um recente passado sangrento, de um sacrifício  de morte no Calvário, e para um futuro glorioso dia da ressurreição de Cristo, dentre os mortos.

"E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?" (Lc 24.5)[...]  "Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram." (Mc 16.6)

A Páscoa deve representar a nossa paz com Deus, através de Cristo que nos leva à comunhão com o Ele.  A Páscoa deve nos fazer refletir sobre o nosso papel na sociedade em que estamos inseridos.  A Páscoa deve nos apresentar boas expectativas e um venturoso futuro, pois aponta para o Caminho da Vida Eterna, mesmo que, às vezes, a vida só nos oferece a cruz e os espinhos. No entanto, devemos pensar “pra frente”, seguir avante, sabendo que a ressurreição pascal é o começo de uma nova vida em Cristo. Dois textos bíblicos, entre muitos, nos ajuda a compreender melhor essa assertiva:

"Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos".(Colossenses 2.12)
"Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus." (Colossenses 3.1)

Nesse sentido, saberemos passar as dores e os dissabores que a vida nos oferece convictos de que com Cristo, hoje e amanhã serão dias melhores. Portanto, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar, também, da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, como nosso libertador e salvador, a saber de todo aquele que nele crê. Celebremos então, a liberdade conquistada por Jesus Cristo, na cruz do Gólgota, para todos nós!

Bibliografia:
ALMEIDA, J.F., A Bíblia Sagrada, Revista e Corrigida
www.cpadnews.com.br
www.morasha.com.br
www.pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

24 de mar. de 2015

COVARDE!!


Quem é o covarde?
Definição. 
Covarde:  3. Desleal, traiçoeiro. Covardia: 2. Ato desleal que atinge apenas os mais fracos. (FERREIRA, Aurélio B de H. Miniaurélio Século XX1 Escolar. RJ: Nova Fronteira, 2001.).

Para a psicologia, a covardia, em suma, é uma das facetas da falha de comportamento humano: inseguros, medrosos, egocêntricos, etc. 

A Dra. Adriana Nogueira no blog psicologia dialética, ressalta sobre os covardes o seguinte: “cansados e lentos sob o peso de tanto pensar e fantasiar, estes indivíduos têm uma particular atração para criticar quem ousa agir, ora expondo seus raciocínios "lógicos e sensatos", ora semeando dúvidas insidiosas que atacam a auto-estima alheia. [...] Enquanto o covarde tem baixa auto-estima, o corajoso não pensa demasiadamente em si. Ele enxerga além. Se parasse para considerar todos os pequenos interesses de seu próprio ego, o corajoso perderia o impulso do moto progressivo e naufragaria rapidamente.”

Ghandi já dizia: " um covarde é incapaz de demonstrar amor..."

Covarde não é somente uma pessoa, insegura medrosa, que não tem coragem para enfrentar seus medos e fantasmas. Numa análise pessoal de vida, penso que o covarde é um ser amargo, solitário, derrotista, invejoso, dissimulado, fingido, autodestrutivo e traiçoeiro. Às vezes, se mostra como inimigo velado, que não mostra a cara. Para aparecer de bonzinho aos olhos da sociedade ou comunidade em que vive.

Em todos os segmentos da vida, na sociedade, existiram, existem e sempre vão existir os covardes. São como ervas daninhas que crescem e sugam a seiva das plantas viçosas e florescentes, até que elas morrem secas, apodrecidas. O covarde é como a sanguessuga que se nutre das ideias, virtudes ou fracassos de outras pessoas. E, não raramente, se intitulam dono da ideia de outrem.

O covarde, apesar de seu espaço adquirido, não tem convivência segura e duradoura no grupo social. A qualquer hora, ele pode romper os laços que o seguram naquele grupo.

Mas, a pior característica do covarde é sua tendência consciente ou inconsciente para a deslealdade. Os covardes não são de confiança, embora estejam no contexto social em que vive e não podem ser isolados, são sempre policiados. São aqueles que, via de regra, produzem vazamentos de segredos pessoais, industriais, empresariais, etc. Os que atacam a dignidade de uma pessoa, sem se importar com os resultados maléficos que possam produzir. E em alguns casos, conscientemente, agem somente para terem a satisfação de rirem ou tripudiarem sobre a pessoa atingida.

Covarde é aquele que concorda com a maioria e depois, entretanto, fala mal por trás, do projeto alheio. Critica o colega, o líder, o patrão, o chefe, mas sempre que pode dá “tapinhas nas costas”, chama para comer junto, e até quer fazer “selfies” com eles, para postar nas redes sociais. A hipocrisia, o fingimento é sua marca registrada.

Não vou entrar no mérito teológico. Todavia, o que dizer de Judas Iscariotes, que no prato comia com Jesus e o traiu com um beijo. E ainda Absalão que roubava o coração do povo, á revelia do velho rei Davi, seu pai. E Jacó que enganou seu velho pai Isaque, na busca da bênção da primogenitura. E os fariseus e saduceus que, sempre tentavam pegar Jesus em alguma fraqueza. Podemos apontar Diótrefes, que João Apóstolo, em sua 3ª carta, reclamou que ele queria roubar o seu lugar como Primaz da Igreja.

O covarde, se ver alguém começar a crescer, prepara ciladas ferinas contra ele, espalhando boatos caluniosos, sem ter a decência de conferir se o fato é verdadeiro, consumido pela inveja por não ter o talento e a capacidade que o outro tem.

Todavia, os covardes, dificilmente, enganam por muito tempo, logo são descobertos. No entanto, o covarde não tem vida longa, por serem autodestrutivos. Eles acabam por sentir a foice da morte muito cedo. E neste caso, não precisa ser morte física. Falo de suicídio social. Eles se autodestroem com seus artifícios, fantasias e malefícios. Isolam-se, aniquilam-se do grupo social em que vive. Seja no trabalho secular, na comunidade de amigos, ou na igreja. Os covardes pensam que enganam alguém, escondendo-se atrás da cortina de fumaça da hipocrisia. Ledo engano. É por pouco tempo, logo a máscara cai.

Tenho percebido, nesse tempo de parca experiência, que em alguns casos, os covardes são migratórios. Acabam o seu malfadado “serviço” em um lugar ou grupo social, onde deixam o ambiente em que viviam, quase ou todo destruído, e saem para procurar outro ambiente onde possam proliferar as suas nefastas atitudes, fruto de sua falha de comportamento.

Não tenho, com este artigo, o objetivo colocar “carapuça” em quem quer que seja. Contudo, meu desejo é ajudar o ledor a fugir deste comportamento pernicioso e maligno. Seja natural, seja você mesmo. Trabalhe com os seus próprios talentos, dons, capacidades e habilidades e verá que "o vosso trabalho tem uma recompensa".

Uma pergunta: será que tem este tipo de comportamento no segmento cristão ou religioso?

Ah...! Que Deus nos livre da maligna, perniciosa e diabólica covardia!

19 de mar. de 2015

Mordomia Cristã


A prestação de contas das coisas espirituais é inexorável e muito pesará na balança divina.
Por Ezequiel da Silva
Postado em: 15 de setembro de 2013


O que temos na vida não é nosso. Os bens materiais que conquistamos, o tempo de vida que vivemos, a família que adquirimos, a formação e a realização profissional que obtivemos. Não são nossos. Somos apenas administradores de tudo isto. Crendo ou não em Deus e que tudo pertence a Ele, haveremos de prestar contas de tudo que administramos aqui no plano terreno, ao Senhor Deus, Criador dos céus e da terra e de tudo que nela contém.

E quando falo de prestação de contas, falo daquilo que é próprio de quem é administrador. É chamada de mordomia cristã (mordomo, vem de administrador; aquele que supervisiona e administra o que é de outra pessoa). Inclusive a vocação espiritual: ministério, dons, talentos e o serviço cristão em todos os seus aspectos. A prestação de contas das coisas espirituais é inexorável e muito pesará na balança divina. Claro, que não pretendo tratar de todo assunto sobre Mordomia que é maravilhoso, como disse é só uma reflexão.

Quantos estão negligenciando ou brincando com a vocação espiritual, nesses dias! Quantas pessoas estão negociando fraudulentamente com as coisas santas (era chamado, no passado, de SIMONIA)! Quantas pessoas se exaltam por aquilo que possuem sejam bens materiais e patrimoniais, formação educacional e realização profissional. E são tão arrogantes que o nariz quase toca as nuvens de tão empinados. Elas não se preocupam que um dia haverão de estar diante do Todo-Poderoso, para devolver a Ele o que foi lhe dado para administrar aqui na terra.

Como estamos administrando as coisas que foram entregues a nós para serem usadas ou realizadas? Aquilo que Deus nos entregou para administrar? Quer seja materialmente quer espiritualmente. Sejam ricos e pobres, leigos ou acadêmicos, sacerdotes ou povo. Em sua 1ª carta apostólica, Pedro exorta a todos os administradores: "[…] se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém".

Demos glórias, pois, a Cristo por tudo que temos e realizamos, devolvendo-lhe o que lhe é tributado, e ele certamente estará reservando para nós coisas inefáveis, neste tempo e no porvir a vida eterna.


Veja mais: http://searanews.com.br/mordomia-crista/#sthash.6HqmHjzZ.dpuf

6 de fev. de 2015

VAMOS ORAR PELO BRASIL - protestos, Reino de Deus, propósito da Igreja


Tenho visto algumas chamadas nas redes sociais, inclusive divulgadas pelos evangélicos para um movimento de protesto a favor do impeachment da presidente Dilma. Ela foi alçada ao posto com 51,64% dos votos válidos, ganhando as eleições de seu principal adversário. A guisa de esclarecimento, não repudio movimentos desta monta, desde que feito dentro do estado democrático, assegurando o direito de ir e vir de todos. Quero informar que, também, não sou eleitor do PT (questão pessoal de ideologia).

Contudo, como líder cristão não posso ser incentivador de movimentos paredistas, caras-pintadas, black blocks, vandalismos, entre outros.
O que precisa ser feito, nesse momento, é unir forças entre as igrejas, seja qual for o credo, em oração pelo Brasil, nossa querida nação, que enfrenta graves problemas na gestão pública. A Bíblia nos recomenda a fazer isso; o legado da igreja em todos os tempos era a busca ao Senhor das nações, para que houvesse paz e equilíbrio sobre os que estão em eminência.
O cristão é cidadão como qualquer um, com todos os direitos e deveres. Estamos num país cuja a expressão é livre. Vivemos no chamado estado democrático de direito. Passeatas, protestos e greves são institutos inerentes a Democracia, e portanto instrumentos utilizados para pressionar, politicamente, um governo quando as promessas feitam eram outras, as respostas esperadas também decepcionaram. A corrupção tem avançado em todos os níveis no democrático Brasil, que democratiza e institucionaliza a corrupção, a violência e a miséria. Pensamos bem: tudo isso não é fruto da natureza decadente e pecaminosa do ser humano?

Porém, historicamente, a bandeira que levantamos enquanto Igreja é outra, ou seja, aquela que representa o verdadeiro significado do Evangelho de Cristo, da paz e da justiça. O propósito da igreja tem caráter e abrangência não somente social, mas também, espiritual em essência, isto é, a proclamação de um Evangelho que traz a justificação e o cancelamento do estado miserável do pecado humano, realizado por Cristo Jesus na cruz do Calvário, como oferta única e agradável a Deus Pai; como também, este mesmo Cristo do Evangelho nos transmite uma profunda alegria no coração que confunde o mundo, no que tange a nossa vida, isto é, daqueles que O aceitam como salvador pessoal e vivem a fé no filho de Deus.

Se abrirmos mãos de princípios que norteiam a conduta cristã, que são pilares do Reino de Deus, dito pelo apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos 14.17: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo, negaremos a existência e propósito da igreja.

16 de jan. de 2015

PESSOAS TÓXICAS, um problema para o reino









Quero deixar uma simples e rápida reflexão sobre algo que, fatalmente, tem ocorrido, em grande escala, na atualidade. Desejo falar daquelas pessoas que são tóxicas; que intoxicam grupos, amizades, relacionamentos; intoxicam a si mesmas. Ignorá-las seria uma opção? E aquelas pessoas que são tão passionais, cujas amizades não podem ser compartilhadas; divididas com outras pessoas. Querem exclusividade! O que faremos? As desprezamos? E aquelas que, ao se darem conta, já criaram uma situação adversa de prejuízos incalculáveis, que por vezes, nem o tempo apaga. Isolaremo-nas? A lista é enorme, né?
O que o Evangelho de Cristo propõe para sermos verdadeiramente cristãos, é AMAR tais pessoas e saber conviver com elas. Não há outra alternativa. Não para o Evangelho! Muitas dessas pessoas estão doentes na alma, na mente e no físico. São as doenças psicossomáticas. Estão mórbidas. No fundo, não gostam de si mesmas. Acham que todo mundo está conspirando contra elas. O Apóstolo Paulo, sapiente, disse que o amor "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." Estou falando do amor pessoal, natural e fraternal. Imaginem quando somos inundados do amor de Deus.

Procuremos tratar essas pessoas com amor. Não é uma tarefa fácil, visto que também somos egoístas. olhemos para elas com os olhos de Deus e não com as lentes da soberba. Se o leitor percebeu, falei em olhos de Deus. Cada um de nós temos nossos defeitos: pequenos ou grandes. Uns aparentes outros sutis.  Quem usa lente, quase sempre tem algum defeito visual e não consegue enxergar o valor que as pessoas tem e que podem ocupar o mesmo espaço, trabalhando com afinco para promover o Reino de Deus. É isso!!                               

25 de set. de 2014

O QUE É OVELHAR ???


Na década de 70 existia um slogan do Governo Federal que dizia: "a união faz a força".



Desde os tempos bíblicos do Novo Testamento, nos primórdios da Igreja, já se ouvia falar em expressões como: unânimes, comum, unidos e reunidos. Em Atos dos Apóstolos 4.32, está afirmado que era "Um o coração e alma da multidão que cria." (grifo nosso). Os crentes da Igreja primitiva, "e, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração..." (Atos 2.46). Havia um intenso desejo do povo em compartilhar as bênçãos materiais e espirituais, assim como as vitórias; mas compartilhavam também as perdas, as aflições, a solidão, sem deixar de incentivar uns aos outros a "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos." (Judas v.23). O amor fraternal era tão contagiante que os crente repartiam caridosamente com aqueles que estavam em necessidade. (Atos 2.45) De sorte, que nada era obrigatório. Tudo era feito em parceria, em comunidade, em comunhão e amor fraternais. Quando uma igreja ou pessoas não estavam enquadradas no padrão comunitário, imediatamente, os apóstolos se dirigiam, por meio de carta, para exortar à igreja, líder ou pessoas, senão vejamos: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissenções; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer." (1 Coríntios 1.10). "Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor." (Filipenses 4.2 ARA). De maneira que, a Igreja seguia o Caminho, em comum acordo. A igreja em Corinto não estavam falando a mesma linguagem e;  em Filipos haviam duas mulheres da liderança que não compartilhavam da concórdia para o bem da igreja.

O que acontece com os crentes da atualidade? Claro, que não se espera voltar aos padrões da primitiva igreja. Porém, aos princípios, sim! Entretanto, quando se fala em amor nos cultos, em comunhão, cai uma gélida friagem sobre os crentes. Você não ouve um "AMÉM" ou "ALELUIA", ou ainda, "TRANSFORMA-ME SENHOR". " TE ADORO SENHOR, POR ESTA PALAVRA" Por que? Respondo: somos deficitários do amor e da comunhão. Legados primordiais da união. Continuaremos nanicos espirituais, porque torcemos contra, ou, puxamos ao contrário. É preciso mudança em nós. Olhar de Reino e não de "trono". Estamos pensando, primeiramente em nós e depois, se der, no OUTRO.

Não se ouve mais testemunhos de irmãos que foram tocados pelo amor de Deus para realizar tal e tal tarefas. E quando alguém é tocado, o outro carnal diz: - "está querendo se aparecer". Não se compartilham uns com os outros. Não há comunhão. Não há união. A Bíblia diz enfaticamente: "comunicai com os santos as vossas necessidades". (Romanos 12.13). Comunicar, falar entre si, comungar. Este é o sentido. No caso, as necessidades, não são somente as famélicas, mas também, as espirituais, as pessoais, as sentimentais. Todavia, o problema está "no santo" a quem se comunga ou comunica. O "santo" ao invés de ir orar, passa para outro "santo", que tem um terceiro "santo" amigo e, ai vira uma colcha de retalhos.

Pensando nisso, criei o verbo "ovelhar". O que é isso? É a comunicação, a conversa de ovelha - o balido de crente. Você não encontrará este verbo em gramáticas ou dicionários, mas uso aqui para dizer que as ovelhas do Senhor Jesus Cristo precisam aprender a ovelhar mais. Em retiros, passeios, um dia só pra andar e conversar uns com os outros. Aproveita, chega um pouco mais cedo ao templo, antes do horário do início do culto divino, e compartilhe aquele sorriso, aquela experiência (fofoca não, vamos combinar), as animações e expectativas, as bênçãos e vitórias. Inclusive, os problemas e aflições que nos sobrevêm. Evidente que, na hora do culto a que se reverenciar o divino. Na hora da evangelização, dos culto ao ar-livre a que se promover o Evangelho.

No entanto, ovelhar faz parte da sociologia de grupo, em que as pessoas integrante daquele convívio social compartilhem entre si, comunguem-se os assuntos mais diversificados, desde que não firam a ética cristã. O pensamento está no coletivo, pensamento grupal. No dizer da educadora Hanna Arendt: visa atender O OUTRO e as suas necessidades.  (Faz me lembrar as aulas de Sociologia, dos temos da faculdade, com a querida prof. Inês Rezende rsrsrsrs).

Nesse caso, é o ponto culminante, a comunicação entre grupos sociais na igreja. O OUTRO é o mais importante do que eu. Este deve ser o apogeu do pensamento social. E é na igreja que deveria ser o lugar de refúgio, de afago, de demonstração de afeto. Alguns, pela sua carência ou pela síndrome da rejeição tem necessidade de ser visto, se ser notado. Não é "massagem de ego". Há casos  que são complexos de inferioridade mesmo.

Se compreendermos essa realidade, aquilataremos o que o Senhor Jesus disse: "Portanto, tudo o que vos quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas." (Mateus 7.12).  Assim, urge voltarmos, pois, aos princípios do amor, da comunhão e da união fraternais, até então, bem esquecidos.


8 de jul. de 2014

HUPERETES - A Palavra do Ministério Cristão

HUPERETES - A Palavra do Ministério Cristão




Por: Ezequiel da Silva


Primeiramente, não quero ser voz única nessa matéria, até porque não sou esmerado em línguas originais da Bíblia. Sou apenas um pesquisador. Outros colegas já escreveram sobre este importante tema; então, segue mais uma elucubração do assunto. Minha abordagem será do ponto de vista da vida e chamada pastoral na atualidade, com imparcialidade e honestidade, pois, invariavelmente, sou devedor e carente.


Assim, qual é o significado do sacerdócio ministerial cristão? Porquê tantos querem ser ordenados? O que leva muitos a almejarem a liderança de uma denominação cristã? As perguntas são pertinentes e atuais e, talvez, alguns já tiraram conclusões precipitadas acerca destes homens e mulheres, parcela da sociedade, independente do credo ou denominação cristã.


Mas, o que significa ser ministro do Evangelho ou sacerdote cristão? Os manuais e dicionários bíblicos ou léxicos do grego do NT trazem suas definições brilhantes e adequadas. Contudo, várias delas são tecnicista, acadêmica e não reflete o ideal do ministério pastoral. É um fato bíblico o que está escrito em 1Tm 3.1: "esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja." Há uma diferença abissal entre alguém que é vocacionado para o ministério e alguém que acha que é?


Numa visão panorâmica, são milhares de "ordenados" e estão às vistas de todos nos púlpitos das igrejas, mundo à fora. São ordenados "à rodo" pelas mais diversas denominações. É evidente é que, nessa leva tem muitos que se autointitulam ministros; criam suas próprias denominações; seus nichos religiosos. Em tese, assim o fazem porque não querem estar debaixo de autoridade, não aceitam nem se submetem a uma autoridade eclesial.


- "Sou, agora, um ministro do Evangelho" - arrota (ops!), de maneira arrogante, o noviço ordenado, de posse de sua credencial, várias vezes exibida. Acha que chegou o ápice de sua carreira ministerial, quando na verdade, está apenas começando, se é que foi chamado. Infelizmente, é possível que morra no nascedouro (por favor, entendam, não estou amaldiçoando ninguém. É só uma pálida sombra da experiência dos poucos 24 anos de ministério deste servo).


Entretanto, ser ministro do Evangelho vai além de um título eclesiástico. Não deveria ter o glamour de um título nobiliárquico ou, simplesmente, um status social para ser aplaudido ou reverenciado pelos homens. Em Atos 26.16, lemos: "Mas, levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda;...". E também, lemos em 1Coríntios 4.1: "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.


Nestes dois textos exemplificativos, observamos uma palavra que sobressai do textos gregos: huperetes (Gr. ὑπηρέτης), a palavra do Ministério. Nos manuais do Novo Testamento Grego, huperetes, diz-se daquele que é subordinado; aquele que serve ou está à serviço de alguém. Outra palavra que designa o termo grego é REMADOR. Huperetes era como chamavam aqueles escravos das galés romanas, que ficavam no fundo do navio para tracionar os pesados remos contra os mares, às vezes bravios, às vezes calmos. Inclusive, tem outra palavra neste mesmo texto bíblico que merece nossa atenção: DESPENSEIROS (do Gr. oikonomos - οικονόμος), que também tem tudo a ver com o assunto em tela. No entanto, sendo que a matéria dispõe de caráter próprio, tratarei em outra oportunidade, se o Eterno permitir!


Nesse aspecto, a natureza eclesiástica do ministro do Evangelho ou do sacerdote cristão é exclusivamente serviçal. Ele deve ser um servo da igreja e para a igreja, à serviço de Cristo. E, se fugir desse conceito, é o mesmo que abandonar a vocação e assumir a arrogância e a hipocrisia, que levam a muitos ministros do Evangelho ao fracasso, por não darem a glória devida Aquele que merece - Jesus Cristo, o Rei dos Reis.


Assim, além de huperetes, nessa mesma toada, vem o termo diácono (Gr. διάκονος) que tanto refere-se ao vocábulo SERVO, bem como, ao termo MINISTRO. O próprio Jesus Cristo foi nosso diácono por excelência quando declarou em Marcos 10.45: "Porque o Filho do Homem, também, não veio para ser servido, mas para SERVIR e dar a sua vida em resgate de muitos." (grifo nosso) Então: MINISTRO = SERVO; MINISTÉRIO = SERVIÇO.


Vamos direto ao assunto: o que está faltando à igreja são sacerdotes serviçais. Que sirvam a igreja com abnegação, coragem e determinação. Atributos que seguiram o ministério terreno de Cristo até ao Calvário. Os ministros (claro que relevada as devidas exceções) preferem estar nos banquetes de Pilatos, a jamais seguirem para o Calvário da vocação. Nesse particular, a vocação nem sempre é um calvário, mas há momentos que o ministro está a caminho do Gólgota.


Porém, os ministros de hoje não querem pagar o preço do ministério, do serviço do Reino. Não querem ter calos nas mãos como os remadores das galés romanas. A um grande grupo desses ministros que estão vivendo de holofotes, de estrelismos. O que importa para eles é pisarem na "calçada da fama". E para isso acontecer, mentem, pisam nos colegas, usam bebidas "socialmente" aceitas nas rodas de conversas, cometem fraudes e rombos financeiros. No palco da vida, recheado pelos cargos políticos, são artistas que manipulam como massa de manobra, os fiéis, para continuarem exibirem-se no cenário social que lhes interessam. Desprezam o conselho paulino em Filipenes 4.8: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai."


Ser ministro, é ser servo, submisso, um remador de galés; isto é, aquele que se esforça o máximo para servir a igreja do Senhor, a Noiva do Cordeiro, como bom pastor que dá a vida pelas ovelhas. Obreiros de mãos sangrentas, calejadas e dilaceradas pela força dos remos, nas águas conturbadas do serviço ministerial. Então, companheiro de ministério, está disposto a remar, e remar... Até que Cristo venha outra vez. Afinal, nos seus votos sacros, diante da igreja e do Conselho, você eu prometemos ser fiéis ministros (huperetes) de Cristo. Evidente é que todos temos os nossos defeitos, mas podemos tirar proveito disso quando sabemos valorizar e mensurar a graça de Deus sobre as nossas vidas.


Assim, a partir deste articulista, você e eu devemos voltar ao princípio do Ministro-Servo, Que está disposto a servir sem esperar recompensas, senão do Dono da Obra. Que está pronto a devolver a honra e a glória para o Senhor Jesus. Que está disposto a pagar o preço do exercício do ministério, e além de estar subordinado à autoridade de outro. E se for para remar, que seja um remador diferenciado.


Tendo em mente que a Noiva não é do ministro, como se fosse o seu dono; como, nos lembra as palavras do apóstolo Pedro: "nem como tendo domínio sobre a herança de Deus[...]"E, sobretudo está preparado como aquele que espera apresentar ao Rei, ao Sumo Pastor a sua igreja, imaculada e santa, afim de receber dEle a incorruptível coroa de glória." (1Pedro 5.4). É isso, gente amiga!


O termo Huperetes e a sua abrangência na lingua grega do NT:

MINISTRO, MINISTÉRIO - 3. Huperetes (ὑπηρέτης), um sub-remador (HUPO=sob; ERETES=remador) diferente de nautes = marinheiro. Depois veio a denotar ministros; subordinar qualquer ação sob a direção de um outro, em Lc 1.2.  Em Lc 4.20 ministro significa aquele que faz o serviço na sinagoga; um assistente; Jo 18.3,12. (Dicionário Vine em espanhol, p.731)

5257 - [...] um derivado de eressõ - remar - um remador subordinado, i.é, (de modo geral) subordinado (assistente, sacristão, oficial) - ministro; oficial, servo.
(III) [...] A respeito de um ministro da Palavra de Cristo (Lc 1.2; At 26.16; 1Co 4.1)
Deriv.: Hupéreteô, servir sob a direção de outra pessoa. (Bíblia das Palavras-Chave - CPAD, item 5257, pag. 2439)

ASSISTENTE; AJUDANTE -  Huperetes - remador subordinado, a partir daí, um servo ... traduz por "Ajudante" em Atos 13.5. (Dicionário Vine em espanhol, p.151)

DIÁCONOS, DIACONISA - Huperetes, um oficial subordinado a disposição de seu superior; originalmente, um remador subalterno em uma galé de guerra. (Dicionário Vine em espanhol, p.369)

ύπηρετέω - servir, prestar serviços, ser útil. At 13.36; 20.34; 24.23.* 
υπηρέτης, - servo, auxiliar, assistente Mt 5.25; Mc 14.54, 65; Lc 4.20; Jo 7.32,
45s; 18.18, 36; At 13.5; 26.16; 1 Co 4.1.  (Léxico do Novo Testamento Grego, p.213)
υποταγή ής, ή  - hupotage - sujeição, subordinação, submissão, obediência 2 Co 9.13; Gl 2.5; 1
Tm 2.11; 3.4. (Léxico do Novo Testamento Grego, p.215)



Espírito Santo, Brasil, Verão de 2014.

25.02.2014