10 de ago. de 2013

OBREIROS: CONSAGRA OU NÃO CONSAGRA!!



Quando leio alguma publicação sobre ministério, fico a me perguntar: será que este articulista é pastor de campo? Isto é, dirige um rebanho. Ele conhece de fato, as situações boas ou ruins do ministério. Se tem experiências com o povo. Um pastor-auxiliar, por vezes, não tem experiência de ministério pastoral, de direção de rebanho, de povo. Ou ainda , pode haver um pastor, que é chamado de "pastor de gabinete". Aquele que presta consulta em seu gabinete pastoral, como se médico fosse. Entretanto, não está acostumado com o contato com as ovelhas, com o cheiro e os carrapichos das ovelhas. Acaba o culto, se retira para o seu gabinete, onde recebe dois ou três de sua querência.

Então, quando ouço alguém falando ou postando, umas e outras, como se fosse o último biscoito da lata, a última voz que clama no deserto, eu me pergunto se ele está falando da teoria acadêmica ou da prática de campo?

A questão é a seguinte: ou o pastor ora para consagrar alguém e o consagra efetivamente sem medo, sem qualquer temor, ou não se consagra. Não adianta ficar receioso ou duvidoso se  aquele candidato ao Ministério vais ser bênção ou não, se vai ficar no campo e dar fruto para a denominação ou não. Se o pastor ficar com esse tipo de "neura" ele acaba pirando. Vejamos alguns exemplos:da Bíblia: Jesus orou a noite toda, e mesmo assim teve um Judas em seu Ministério. Moisés ouviu o conselho de Jetro e colocou, depois de consultar ao Senhor, 70 anciãos como maiorais sobre Israel, mesmo assim Datã, Coré e Abirão se insurgiram contra ele no deserto. Paulo separou obreiros para o ministério que ele mesmo denominou de cães ou de maus obreiros. E nomeou, para o nosso conhecimento, alguns deles que foram implacáveis contra seu apostolado: Demas, Himineu e Fileto, e Alexandre "o latoeiro", entre outros. Sem contar com a rixa apostólica entre Paulo e Pedro que não eram pequenas.

Assim, quantos líderes foram alvos da leviandade e ganância de homens infiéis? Por isso a Bíblia diz para confiarmos o ministério, a homens fiéis. Entretanto, ninguém traz estrela na testa e, no primeiro momento, todos são bonzinhos, humildes, um servo. Mas, depois que é separado, logo "mostra as unhas" contra aquele pastor.

Evidente que se pode evitar para que se tenha o mínimo desses maus obreiros no ministério ou na liderança da igreja. Agora, é certo que nunca ficaremos sem os maus obreiros, e ele sempre existirão. A minha palavra é: ore a Deus, confie em Cristo e consagre pois, a separação ao ministério passa a ser uma maldição para aqueles que NÃO se apresentarem bem "APROVADO como obreiro que não tem do que se envergonhar."

Bom seria se tivéssemos no ministério somente Timóteo, Tito, Epafras, Apeles, Urbano. Mas, sinceramente, seria sem graça, insosso. E Paulo sabia disso. Sem contar que há pastores que são verdadeiros déspotas, donos do ministério local.Todos abaixando a cabeça para ele com medo. É próprio dos tiranos e ditadores. No Ministério o tratamento cabível é baseado na honestidade, na sinceridade e na franqueza.

Se, porventura, o pastor tem uma pedra no seu sapato ministerial ou está decepcionado pela ter consagrado uma serpente ou um inútil, ore a Deus, não desanime, fique firme. Certamente, o pastor pode transformar essa pedra de sapato em mais uma pedrinha na sua coroa de glória ou a pedrinha será triturada por Deus, em tempo oportuno, se não acertar os passos. A serpente pode virar um bom peixe e o inútil, se tornar um servo fiel e bom.Amém.